Uma primeira temporada bem produzida e recheada de descobertas - confesso que sem a leitura o comparativo é abalável. Mesmo assim, a apresentação da saga de Clary Fray e dos Shadowhunters - ainda que dependende da paz entre os mundanos e submundanos - é convincente e prende.
Clary Fray vive com a mãe e não faz ideia de que faz parte de uma linhagem considerável de Shadowhunters, e toda a temporada explora este universo de maneira única. Todas as lendas, então, são reais - todas elas.
Que perigos virão?
Qual será o verdadeiro propósito de Clary?
A partir do momento em que sua mãe é raptada - uma relíquia é exigida por Valentine - tudo ganha sentido. Não sem que conheçamos os vilões da história e suas participações no contexto. É uma temporada muito informativa e detalhada - prato cheio para a ficção fantástica proposta.
Na segunda, de produção sem erros/continuidade acertada, Clary já faz parte do novo mundo, luta bem e faz isso com os que estão a compor seu próprio clã. Entre batalhas internas, decisões políticas com e contra a Clave e ligações inesperadas, recria suas próprias crenças.
É uma temporada completa e de desafios: amigos, inimigos, mundanos transformados, descobertas de outros seres e campos de trabalho, corrida para encontrar a razão da própria história - sua verdade dói, a descoberta de situações inimagináveis. Além do amor à prova sempre, é claro.
Sobre a terceira temporada - dividida em duas, a que encerraria a série - apenas uma ressalva: alguns episódios terminam rápido e sem gancho. A atuação, no entanto, não sofre uma dor. É incrível como consegue finalizar e dar cor ao final exterminando tudo o que é preciso.
A sensação de catarse é garantida - o valor da série é real. Clary Fray paga pelo que precisa, faz o que acredita e torna todos, shadowhunters/lobos/vampiros/feiticeiros e mundanos, seres palpáveis e passíveis da própria realidade. Sem spoilers, traz desfechos esperados e de surpresa.
Difícil comentar nessa base, eu sei. Mas a trilha funciona, a abertura casa com a ideia e os personagens funcionam, assim como os entraves e a maneira com que matam, recuperam, resolvem e se encontram no caminho. Missão cumprida é a resposta final - exatamente o que buscamos ver.
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